PREVISAO DO TEMPO

Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

sábado, 3 de setembro de 2011

Protesto inusitado chama atenção em Farroupilha | Polícia

Câmeras flagram os incendiários

A Brigada Militar conseguiu ontem um importante aliado na investigação dos protestos com queima de pneus. Câmeras de vigilância das prefeituras da Capital e de Alvorada gravaram o momento em que pessoas ateavam fogo a pneus. Duas delas, que aparecem nas cenas, foram identificadas, segundo a BM. Mas não foi revelado se estas seriam integrantes da corporação.

Na Capital, três câmeras registraram a queima de pneus, na avenida Mauá. Nas imagens aparecem três suspeitos chegando - em automóvel e moto - e colocando fogo nos pneus. Outra gravação é de uma avenida de Alvorada, cuja queima ocorreu na sexta-feira. As imagens foram anexadas ao inquérito policial militar, instaurado quinta-feira.


FONTE CORREIO DO POVO: ANO 116 Nº 338 - PORTO ALEGRE, SÁBADO, 3 DE SETEMBRO DE 2011

''É vandalismo'', diz Tarso


Governador se irrita com a continuidade das barreiras e manda Brigada não aceitar provocações

Protesto na BR 285, em Carazinho<br /><b>Crédito: </b> PRF / CP
Protesto na BR 285, em Carazinho
Crédito: PRF / CP
Apesar de o governo do Estado ter condicionado a apresentação de uma nova proposta de reajuste salarial aos servidores de nível médio da Brigada Militar - de soldados a tenentes - ao fim dos protestos, sete novas barreiras incendiárias foram articuladas no Rio Grande do Sul entre a madrugada e a manhã de ontem. Pneus em chamas bloquearam o tráfego na Estrada da Integração, que liga o bairro Lomba Grande ao Centro de Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos. Já em Parobé, cerca de 20 pneus foram incendiados na ERS 239, deixando o trânsito no sentido Taquara-Sapiranga em meia pista.

Houve ainda registro de dois protestos na RSC 453, na Serra. Manifestantes não identificados atearam fogo em pneus no km 102 (Garibaldi) e no km 109 (Farroupilha) da rodovia. Nos dois trechos, o trânsito ficou interrompido por cerca de 30 minutos para o combate às chamas. Em Sarandi, o protesto foi no km 133 da BR 386. Na BR 285, o protesto ocorreu no km 33,8, em Carazinho. Na BR 101, a barreira foi articulada no km 85, em Osório.

Pouco antes de seguir com a presidente Dilma Rousseff para a abertura oficial da Expointer 2011, no Parque de Exposições Assis Brasil, o governador Tarso Genro posicionou-se contrário às manifestações. "Isso não é protesto, é vandalismo. Protesto é quando as pessoas se mobilizam, vão na frente do Palácio, xingam o governador." Em conversa com o comandante-geral da BM, coronel Sérgio de Abreu, Tarso afirmou que o governo seguirá negociando e que a corporação não deve aceitar provocações.

O secretário de Segurança Pública, Airton Michels, disse não acreditar na possibilidade de PMs estarem envolvidos nos protestos. Por outro lado, se algum brigadiano for identificado, promete severa punição. Os brigadianos reivindicam um reajuste imediato de 25% e elevações salariais até dezembro de 2014.

FONTE CORREIO DO POVO: ANO 116 Nº 338 - PORTO ALEGRE, SÁBADO, 3 DE SETEMBRO DE 2011

Assembleia dos militares delibera a volta do Movimento Tolerância Zero

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Nota da ASSTBM referente às manifestações de queima de pneus em rodovias | ASSTBM

Policiais militares e servidores federais protestam durante visita de Dilma à Expointer | Política

Tarso classifica bloqueios em rodovias como "atos de vandalismo" | Geral

Projeto de Santini que autoriza uso de imóveis do Estado em pagamento de precatórios agora é lei :: Notícias JusBrasil

Marco Alba lamenta falta de entendimento entre governador Tarso e servidores da BM

Mauro Lewa Moraes - MTB 5475 | PMDB   18:04 - 01/09/2011
Foto: Marcelo Bertani / Ag. AL
 


O deputado peemedebista Marco Alba lamentou a falta de um acordo entre os representantes da Brigada Militar e o governador Tarso Genro (PT) que, mais uma vez, adiaram as negociações para o reajuste salarial da categoria.
 “Estamos presenciando aquilo que vínhamos alertando durante a campanha eleitoral majoritária de 2010. O então candidato do PT, Tarso Genro, prometia de tudo e para todos afim de apenas garantir sua eleição. Nós sabíamos que era impossível, diante do quadro econômico-financeiro do Estado que não seria possível cumprir com as promessas feitas pelos petistas. Agora temos a comprovação e a certeza de que não passavam de discurso fácil, uma vez que se comprometeu com o reajuste salarial para a categoria dos servidores da segurança (BM e Polícia Civil) assim como ele garantia o pagamento do piso nacional para o Magistério que ele mesmo, quando ministro da Educação de Lula, implantou no País. E, em ambos os casos, não cumpriu com o que prometeu”, ressaltou o parlamentar.
Conforme Marco Alba, as manifestações dos brigadianos nada mais são do que um reflexo da frustração da categoria com o atual governante. “Mesmo que não concorde com o procedimento da queima de pneus, acho justa a luta deles por um aumento imediato de 25%, além de um calendário que aponte o salário da categoria em 2014. O discurso e a prática de Tarso são incoerentes em todos os aspectos: ele não aumenta os salários dos servidores e, ao mesmo tempo, cria centenas de novos cargos de confianças (CCs) para seu governo, elevando a folha de pagamento do Estado, inchando a máquina administrativa e não valorizando os servidores concursados”, criticou Marco Alba.
O deputado lembrou ainda que, em relação a República dos CCs de Tarso, o governador foi derrotado pelo Tribunal de Justiça do Estado que considerou inconstitucional a criação de 155 cargos de confiança no começo do ano e, de forma ágil, reenvia ao Parlamento gaúcho projeto criando novos CCs, não demitindo nenhum dos nomeados e mostrando total desrespeito a decisão do Judiciário”, observou Marco Alba.
 
© Agência de Notícias
As matérias assinadas pelos partidos políticos são de inteira responsabilidade dos coordenadores de imprensa das bancadas da Assembleia Legislativa. A Agência de Notícias não responde pelo conteúdo das mesmas.

Um dia após governo adiar negociações salariais com a BM, sete protestos são registrados no RS | Geral

Nova reunião com a PC



<br /><b>Crédito: </b> BRUNO ALENCASTRO

Crédito: BRUNO ALENCASTRO
As negociações salariais entre policiais civis e o governo do Estado avançaram ontem, apesar de o percentual apresentado ser inferior ao reivindicado. A categoria quer aumento de 25% retroativo a março deste ano e também o aporte de R$ 400 milhões para incremento na matriz salarial.




FONTE: CORREIO DO POVO ANO 116 Nº 337 PORTO ALEGRE, SEXTA FEIRA, 2 DE SETEMBRO 2001 

Negociação só com fim das barricadas


Carlos Pestana (D) anunciou a decisão ontem ao lado do comandante-geral da BM, Sérgio Roberto de Abreu<br /><b>Crédito: </b> BRUNO ALENCASTRO
Carlos Pestana (D) anunciou a decisão ontem ao lado do comandante-geral da BM, Sérgio Roberto de Abreu
Crédito: BRUNO ALENCASTRO
O governo do Estado condicionou as negociações salariais com a Brigada Militar à suspensão das manifestações que vêm ocorrendo no Estado, como as barricadas de pneus queimados. A decisão foi anunciada ontem pelo chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, após encontro com representantes da categoria. Além disso, durante o encontro, foi informado que a Brigada Militar, por meio do Comando-Geral, abriu investigações para identificar os responsáveis pelas ações criminosas e que já há suspeitos. Caso as manifestações terminem, uma nova rodada de negociações deverá acontecer no dia 9 de setembro.

Pestana ressaltou que o governo elaborou uma proposta alternativa porque entende que a situação salarial dos brigadianos é crítica. "Reconhecemos que os salários são baixos e queremos solucionar essa situação. Mas não vamos aceitar esse tipo de protesto", afirmou, referindo-se aos pneus queimados em cidades do Interior e na Capital. Para o chefe da Casa Civil, mesmo que a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho, dos Servidores de Nível Médio da BM (Abamf-BM). garanta que não é responsável pelas últimas queimas, acabou incentivando a prática.

Após o encontro, o presidente da Abamf-BM, Leonel Lucas, pediu que os autores dos atos dos últimos dias suspendam as manifestações. "Estamos buscando elaborar com o governo um calendário de reajuste da categoria. Para viabilizar isso, apelamos pela interrupção das manifestações", afirmou ele, solicitando paciência à categoria. Lucas ressaltou ainda que a entidade não é responsável pelos atos. "No momento em que sentamos e conversamos com o governo, que pediu a suspensão das mobilizações, na semana passada, paramos. Da nossa parte, não houve continuidade", assegurou. Para Lucas, esses atos podem ter partido de pessoas interessadas em gerar instabilidade entre a BM e o governo. A Abamf-BM apresentou uma proposta que prevê a elevação do piso atual de R$ 1.170,00 para R$ 3.200,00, sendo 25% de reajuste agora e o restante no decorrer do governo. Ele recordou que o aumento concedido no início do ano era referente às negociações com a ex-governadora Yeda Crusius.

Sobre as investigações, o comandante-geral da BM, coronel Sérgio Roberto de Abreu, revelou que uma pessoa foi identificada e será ouvida nos próximos dias. "Temos material que dá sustentação à abertura de um Inquérito Policial Militar sobre o assunto."


FONTE CORREIO DO POVO ANO 116 Nº 337 - PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011

Novos protestos interrompem vias


Ponte sobre o Rio das Antas foi fechada ontem de madrugada<br /><b>Crédito: </b> SSP / cp
Ponte sobre o Rio das Antas foi fechada ontem de madrugada
Crédito: SSP / cp
Novos protestos com pneus queimados foram registrados ontem na Capital e no Interior. Em Porto Alegre, às 2h30min, a avenida Mauá foi bloqueada com uma barricada incendiária composta por nove pneus em chamas nas proximidades com a rua Chaves Barcellos, no Centro. De acordo com a EPTC, duas faixas laterais ficaram totalmente intransitáveis. Houve necessidade de intervenção dos bombeiros. No muro de proteção da linha da Trensurb, foram colocadas duas faixas com os dizeres: "Bem-vindo a Porto Alegre, a Capital onde os policiais militares ganham o pior salário do Brasil - A Brigada vai parar" e "Governador: chega de esmola. Salário digno já".

Outras três mobilizações com bloqueio de rodovias foram registradas no Interior. Em Uruguaiana, o km 568 da BR 472 ficou parcialmente bloqueado às 3h30min por pneus em chamas. A PRF precisou recorrer aos bombeiros para apagar o fogo e recolher o material da pista.

Por volta das 5h, o km 193 da RSC 470 também foi interrompido por uma barreira de pneus. Devido ao fogo, houve bloqueio do trânsito na ponte sobre o Rio das Antas, entre as cidades de Bento Gonçalves e Veranópolis, na Serra, por cerca de 40 minutos. Em Charqueadas, na região Carbonífera do Estado, igualmente houve queima de pneus no km 28 da ERS 401.

FONTE CORREIO DO POVO ANO 116 Nº 337 - PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011

Governo aumenta índice

A proposta do governo é conceder aumento linear de 7%, somado aos ganhos da matriz, em abril. Assim, o reajuste para as categorias iniciais seria de 11,35% e para as finais, de 14,20%. Os servidores da Polícia Civil haviam rejeitado na semana passada a proposta inicial do governo, que era de 4%.

FONTE CORREIO DO POVO ANO 116 Nº 337 - PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011

Casa Civil diz que aceita dialogar

Ontem à tarde, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, recebeu a direção da Federação das Entidades Independentes dos Servidores Militares Estaduais de Nível Médio da Brigada Militar do Rio Grande do Sul.

Conforme nota da Casa Civil, distribuída no começo da noite, "a entidade afirmou sua disposição de dialogar e construir, junto com o governo do Estado, uma alternativa para a solução do impasse por conta das manifestações por reajuste salarial para os servidores da BM".

A Casa Civil informa, ainda, que o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Roberto de Abreu, está trabalhando intensivamente para que o processo de construção de política de valorização dos servidores da BM não seja interrompido, especialmente em função de manifestações isoladas e em desacordo com o clima de civilidade que tem pautado as reuniões entre entidades sindicais e governo do Rio Grande do Sul.

FONTE CORREIO DO POVO ANO 116 Nº 337 - PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Jornalista Polibio Braga: Eis as promessas descumpridas por Tarso Genro e que irritaram os brigadianos do RS

Jornalista Polibio Braga: Governo acena com propostas "suculentas", mas quer trégua nos protestos até sexta da semana que vem

Casa Civil só discutirá reajuste salarial à Brigada Militar com o fim dos protestos | Polícia

SEGUNDO GOVERNO PROPOSTA SALARIAL ESTÁ PRONTA E SE APROXIMA DO REIVINDICADO PELOS SERVIDORES DE NÍVEL MÉDIO DA BRIGADA MILITAR | ASSTBM

Governo não propõe novo reajuste salarial e adia negociações com BM até o fim dos protestos | ASSTBM

Tarso sobre reajustes: “Não temos como fabricar dinheiro” | ASSTBM

ABAMF » Após protesto em Porto Alegre, PMs cogitam paralisação

Não vamos aceitar protestos que vão além do direito de reivindicar salários, diz Pestana | Polícia

“Já ultrapassou os limites”, diz comandante-geral da BM sobre protestos de policiais | Polícia

Governo deve finalizar em 30 dias proposta de avaliação do mérito nas escolas, diz Tarso | Política

Protestos chegam à Capital: PMs colocam fogo em pneus na Avenida Mauá, no Centro | Polícia

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mais três bloqueios com queima de pneus são registrados - Geral - GAZ - Notícias da região para o mundo

Comunicado: Reunião com o governo foi transferida para quinta-feira | ASSTBM

Hoje no Conversas Cruzadas da TVCOM: ASSTBM, ABAMF, Comando da BM e Governo discutindo as reivindicações da categoria  | ASSTBM

SISCON - FESSERGS » Sindicatos discutem movimento nas Américas

Questionada reforma na Previdência do RS


Lima Veiga<br /><b>Crédito: </b> ANTÔNIO SOBRAL / CP MEMÓRIA
Lima Veiga
Crédito: ANTÔNIO SOBRAL / CP MEMÓRIA
A União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública entregou ontem ao procurador-geral de Justiça Eduardo de Lima Veiga representação pedindo a inconstitucionalidade das leis que estabeleceram a reforma da Previdência no Rio Grande do Sul.

No documento, elaborado pelo advogado e ex-procurador-geral de Justiça Sérgio Gilberto Porto, a União Gaúcha afirma que a reforma previdenciária é inconstitucional, em razão da progressividade das contribuições, por desvio de finalidade e ofensa ao princípio da igualdade entre os servidores públicos. O presidente da União Gaúcha e da Associação dos Juízes do RS (Ajuris), João Ricardo dos Santos Costa, disse que cabe às entidades públicas lutarem contra a desmontagem do serviço público. Segundo ele, a representação tem "o cunho de defesa da sociedade gaúcha".

O presidente da Associação do Ministério Público (AMP), Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto, manifestou contentamento pela União Gaúcha ser unânime ao lembrar de sua entidade, o Ministério Público, como destinatário para questionar a "ordem jurídica e a inconstitucionalidade" da reforma previdenciária. O grupo da União Gaúcha estava acompanhado de representantes de 28 entidades de servidores públicos. O procurador-geral de Justiça Lima Veiga disse que analisará a representação nos próximos dias. Além de Veiga, participaram da reunião os subprocuradores-gerais Ivory Coelho Neto e Marcelo Dornelles.
FONTE: JORNAL CORREIO DO POVO ANO 116 Nº 334 - PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 30 DE AGOSTO DE 2011

Entidade que representa PMs perde o controle sobre protestos em rodovias por aumento salarial | Polícia

domingo, 28 de agosto de 2011

BRIGADIANOS DAS MISSÕES COLOCAM FAIXAS EM SINAL DE PROTESTO PELOS BAIXOS SALÁRIOS.

 Os Policiais e Bombeiros Militares da Região das Missões demonstram a sua insatisfação om os baixos salários  através de faixas colocadas em Santo Ângelo e São Miguel das Missões.

Protesto na Expointer: brigadianos põem em xeque autoridade do governo gaúcho | ASSTBM

Servidores aumentam pressão por reajustes


Protestos, com interrupção de rodovias e apitaços, chamam a atenção

Condecorado pela Marinha, em Rio Grande, Tarso é cobrado por professores<br /><b>Crédito: </b> fábio dutra / especial / cp
Condecorado pela Marinha, em Rio Grande, Tarso é cobrado por professores
Crédito: fábio dutra / especial / cp
Com protestos que começam a chamar a atenção do país, como barricadas e queima de pneus para fechar rodovias importantes, pela via judicial, em exaustivas reuniões ou em apitaços em frente ao Palácio Piratini, quase uma dezena de categorias de servidores pressionam o governo do Estado por reajustes salariais. Em praticamente todos os casos, o argumento é de que os aumentos foram prometidos pelo governador Tarso Genro na campanha eleitoral de 2010. Integrantes do governo que tentaram encaminhar negociações durante a semana repetem uma espécie de bordão para o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana: "Dinheiro não se cria".

A sexta-feira foi uma espécie de "dia de cão" para o governo. Policiais militares realizaram ao menos quatro manifestações para trancar rodovias. O Cpers, sindicato dos professores, que já teve o reajuste das categorias negociado neste ano, ingressou com medida judicial no Supremo Tribunal Federal para exigir o cumprimento da lei do piso nacional do magistério. Também ameaça com uma greve em 2011, caso o governo não abra novas negociações referentes ao piso ou insista em mexer no plano de carreira.

"No STF, argumentamos que fizemos todos os encaminhamentos administrativos para que o governo informasse como vai pagar o piso, e o governo não respondeu. Não pode usar a Lei de Responsabilidade Fiscal como desculpa. Tem é que buscar os recursos", diz a vice-presidente do Cpers, Neida de Oliveira.

FONTE: JORNAL CORREIO DO POVO ANO 116 Nº 332 - PORTO ALEGRE, DOMINGO, 28 DE AGOSTO DE 2011

Tarso avalia impacto no Orçamento




O Executivo gaúcho tenta fechar o cálculo do impacto do atendimento das reivindicações salariais dos servidores sobre o orçamento do Estado. Em valores aproximados, a conta ultrapassa os R$ 3 bilhões. Somente o pagamento do piso nacional do magistério significa a necessidade de mais R$ 1,7 bilhão. Para chegar ao percentual desejado pelos policiais militares, seriam necessários cerca de R$ 700 milhões. 

As solicitações por aumentos de salários, no entanto, incluem também outras categorias: os policiais civis, os técnicos-científicos, os procuradores, os funcionários do Judiciário estadual e do Ministério Público. Os acordos caminham, mas em um ritmo lento. A negociação com os técnico-científicos é considerada bem encaminhada. Os procuradores aceitaram a proposta de 8,88% para 2012. Os policiais militares têm nova rodada de negociações na quarta-feira. Até lá, se comprometeram a parar com os protestos nas rodovias. A próxima reunião com os policiais civis, que estudavam uma manifestação na Expointer, ocorre até sexta-feira.
Para o setor da segurança pública, o governo estava apresentando uma proposta conjunta. Agora, o Executivo estuda um tratamento diferenciado, de acordo com as solicitações das categorias apresentadas na mesa de negociação. 
O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, garante que as prioridades do governo são o setor e educação e os trabalhadores da segurança pública. Ele ressalva, porém, que nada vai mudar em relação ao salário do magistério neste ano.
FONTE: JORNAL CORREIO DO POVO ANO 116 Nº 332 - PORTO ALEGRE, DOMINGO, 28 DE AGOSTO DE 2011

Onda de protestos preocupa governo


O governo tenta agir rápido para evitar que as reivindicações salariais se transformem em uma onda de protestos, pesando sobre a popularidade. Em Rio Grande, na sexta-feira, o governador Tarso Genro repetiu que as ações nas rodovias são um delito a ser investigado pela Polícia Federal e que "mancham" o prestígio da Brigada Militar. Enquanto isso, na Capital, o secretário Carlos Pestana manteve reuniões tensas com policiais militares, policiais civis, servidores do Judiciário e integrantes do Ministério Público estadual. 

A oposição aposta que a tensão vai aumentar. "É inegável que há uma deterioração na ligação histórica entre lideranças sociais e sindicais e o atual governo, que dizia conhecer a realidade do Estado e ter soluções", provoca o líder do PMDB na Assembleia, deputado Giovani Feltes.


FONTE: JORNAL CORREIO DO POVO ANO 116 Nº 332 - PORTO ALEGRE, DOMINGO, 28 DE AGOSTO DE 2011

O protocolo antiprivataria do Dr. Laredo

<br /><b>Crédito: </b> Cruz / especial / cpUma estatística e um incidente expuseram a extensão do ataque da privataria dos planos de saúde contra a rede pública do SUS. O repórter Antonio Gois mostrou que o mercado das operadoras cresceu 9% entre março de 2010 e março deste ano, incorporando 4 milhões de novos clientes. O faturamento das empresas aumentou em torno de 20%. Já o número de leitos oferecidos à freguesia cresceu apenas 3%. Basta fazer a conta para que surja a pergunta: para onde vão os clientes dos planos privados? Para a rede pública. Está em curso um processo de apropriação do bem coletivo pelos interesses privados. Essa tendência se agrava quando se vê que as operadoras oferecem planos baratinhos, sabendo que não podem honrar os serviços que oferecem. Plano de saúde individual que cobra menos de R$ 500 por mês é administrado por apostadores ou faz os fregueses de bobos.

Em hospitais públicos como o Incor e o das Clínicas de São Paulo, já existem duas portas, uma para o SUS e outra para os planos. (Quando o Incor quebrou, tentou se internar no CTI financeiro da Viúva do SUS.) O governador Geraldo Alckmin quer privatizar 40% das unidades administradas por organizações sociais. Na Santa Casa de Sertãozinho (SP), instituição filantrópica que, legitimamente, atende tanto ao SUS quanto aos convênios, deu-se um episódio que pode servir de lição e exemplo.
O médico Paulo Laredo Pinto atendia um paciente de 55 anos, diabético, obeso e hipertenso (como a doutora Dilma), internado há dias. Ele sentiu dores no peito, e Laredo, cirurgião vascular, diagnosticou um processo de enfarte: "Ele podia morrer se ficasse mais cinco minutos na enfermaria". Diante do quadro, pediu a transferência do paciente para o CTI. Nem pensar. O homem era do SUS e, mesmo havendo vaga no centro de terapia intensiva, estava à espera de algum paciente dos planos privados. Com o apoio de dois colegas, desconsiderou a negativa e transferiu o doente. Fez mais: chamou a Polícia. "Registrei um boletim de preservação de direito. Existe o crime de omissão de socorro. O leito não é de ninguém, é de quem precisa."

O paciente ficou no CTI, e, dias depois, seu quadro era estável. Pelo protocolo da privataria, talvez estivesse morto. Se os médicos começarem a chamar a PM, as coisas ficarão claras. Um caso de Polícia, caso de Polícia será.

Por ELIO GASPARI
FONTE: JORNAL CORREIO DO POVO ANO 116 Nº 332 - PORTO ALEGRE, DOMINGO, 28 DE AGOSTO DE 2011